Como surgiu o Big Brother?

Big Brother é um popular Reality Show onde, durante cerca de três meses, um grupo de pessoas (geralmente menos de 15) fica confinado sem contato com o mundo exterior. Dentro da casa onde os participantes ficam confinados não se pode acessar internet, canais de televisão nem estações de rádio por exemplo.



Em 1999, John de Mol, um executivo da TV holandesa, sócio da empresa Endemol, teve a idéia de criar um Reality Show onde pessoas comuns seriam selecionadas para conviverem juntas dentro de uma mesma casa, vigiadas por câmeras, 24 horas por dia. O nome do programa foi inspirado no livro de Orwell: Big Brother (em alguns países o nome do programa é traduzido, o que não foi o caso de alguns, como o Brasil ou em Portugal).





O termo em inglês Big Brother surgiu devido à novela escrita por George Orwell, intitulada 1984. Big Brother (ou Grande Irmão como foi traduzido nas versões lusófonas do livro) é o líder que tudo vê da distópica Oceania, governante do mundo ocidental em um futuro fictício. Representado pela figura de um homem que provavelmente na trama não exista, vigia toda a população através das chamadas teletelas, governando de forma despótica e manipulando a forma de pensar dos habitantes.

O Big Brother orwelliano, na verdade, é o apresentador do programa. Ele é o único contato que os participantes tem com o mundo fora da casa. Além disso, como por exemplo na versão brasileira com Pedro Bial, o apresentador também assume a função de grande irmão ao instruir psicologicamente os participantes. É curioso notar que como em 1984, quando os participantes do Big Brother veem a éfige do apresentador na tela, esses o enaltecem da mesma forma que os habitantes da Oceania fazem com o Grande Irmão.

Claudio Silva, Filmmaker que participou na criação do Big Brother Holandês, em 1999, define o formato Big Brother atual como um comercial 24 horas interminável, onde os telespectadores votam por telefone, pela internet e via SMS para expelir os membros, escolhidos não pela atratividade e interatividade do show com o público mas pelo tédio de seus personagens.